CARACTERIZAÇÃO DA SÍFILIS CONGÊNITA EM UM HOSPITAL NO INTERIOR DE PERNAMBUCO NO PERÍODO DE 2016 Á 2020

Resumo

A sífilis congênita é uma patologia resultante da disseminação do Treponema pallidum da gestante infectada, não tratada ou inadequadamente tratada para o concepto, por via transplacentaria ou através de lesões sifilíticas existentes no canal de parto. Objetivou-se com o estudo analisar o perfilsociodemográfico das parturientes com sífilis que pariram no HOSPAM nos anos de 2016 a 2020, como também verificar o percentual de consultas realizadas pelas gestantes e compreender as causas de contaminação do recém-nascido. Trata-se de uma pesquisa do tipo descritiva e retrospectiva com uma abordagem quantitativa. O estudo foi realizado na Vigilância Epidemiológica Hospitalar do HOSPAM, foram usados 27 casos de sífilis congênita que ocorreram no período de 2016 a 2020 e notificados no SINAN. A pesquisa verificou que 44% das parturientes eram jovens, 74% se autodeclararam pardas e 67% tinham baixa escolaridade, 85% realizaram pré-natal e 59% obtiveram diagnóstico da sífilis durante a consulta de pré-natal. Em relação ao tratamento da gestante 55% foram considerados inadequado, 41% ignorado, seguido de 96% dos parceiros que tiveram o tratamento ignorado e 70% dos casos não foram tratados concomitantes. No que se refere aos recém nascidos com SC ficou constatado que 96% tiveram diagnóstico precoce, seguido de 100% dos nascidos não apresentaram sintomatologia. Conclui-se com este estudo que apesar da maioria das gestantes terem realizado pré-natal e o diagnóstico da IST ter sido durante a consulta de pré-natal os índices da sífilis mantem-se elevados pelo fato das gestantes e seus parceiros não realizarem tratamento adequado.