MASTECTOMIA: AVALIAÇÃO DA QUALIDADE DE VIDA E IMPACTO NA AMPLITUDE DE MOVIMENTO DE PACIENTES PORTADORAS DE CARCINOMA DA MAMA

Resumo

O câncer de mama é um problema de saúde pública. No Brasil é o tipo câncer mais comum entre as mulheres. Os tratamentos cirúrgicos mais prevalentes consistem na remoção total ou parcial da mama. Neste contexto, podem surgir diversas complicações no ombro homolateral à cirurgia. O objetivo deste estudo foi avaliar as repercussões da mastectomia sobre a qualidade de vida e o impacto desta na amplitude de movimento de pacientes portadoras de carcinoma da mama. Trata-se de um estudo transversal, descritivo, de caráter quantitativo que foi realizado com mulheres atendidas no setor de oncologia do Hospital Memorial Arcoverde. Para a realização deste estudo foram coletadas as caraterísticas sociodemográficas e clínicas dos prontuários das pacientes. A qualidade de vida foi mensurada pelo questionário SF-36. A avaliação da amplitude de movimento (ADM) foi obtida por meio de avaliação goniométrica. A média de idade das pacientes foi de 54,4 anos. Dentre as técnicas cirúrgicas utilizadas, prevaleceu à quadrantectomia (55,5%) e mastectomia radical (33,3%). Foi observado que a qualidade de vida de pacientes mastectomizadas foi afetada. Observou-se associação estatisticamente significante entre a cirurgia e redução da ADM para flexão (p= 0.03) e rotação externa (p= 0.01). A maioria das pacientes apresentam idade acima dos 50 anos, são sobrepesas e obesas. A mastectomia radical e quadrantectomia são os tipos cirurgias mais frequentes. A qualidade de vida de pacientes mastectomizadas é afetada. A mastectomia impacta na redução da amplitude dos movimentos de flexão e a rotação externa.