PREVALÊNCIA DE DOR MUSCULOESQUELÉTICA EM PROFISSIONAIS DE SUPERMERCADOS, DURANTE O PERÍODO DE ISOLAMENTO, DEVIDO A PANDEMIA COVID-19
Resumo
Avaliar a prevalência de dor musculoesquelética em profissionais de supermercados, durante a pandemia COVID-19, nos municípios de Custódia e Floresta, em Pernambuco. Foi realizado um estudo transversal, de caráter analítico e quantitativo, sendo avaliados 92 profissionais de supermercados, de ambos os sexos e com idades entre 18 e 60 anos. Para avalição da dor musculoesquelética foi utilizado o Nordic Questionnaire of Musculoskeletal Symptoms e para quantificar a intensidade das dores a Escala Visual Analógica. 58(63%) da amostra relataram sentir dores musculoesqueléticas e apenas 29(31,5%) dos voluntários já sentiam essas dores antes do período da pandemia. Em relação a ansiedade e estresse, (63,6%, n=56) dos profissionais sentiram-se mais ansiosos e 64(69,6%) relataram estar mais estressados nesse período, e apenas 8(8,7%) desses profissionais já se afastaram ou faltaram ao trabalho devido as dores musculoesqueléticas. As articulações mais acometidas pelas dores foram: a coluna lombar 34(37%), seguida da coluna torácica 25(27,2%) e coluna cervical 20(21,7%). A intensidade das dores foi maior na coluna lombar (3,88±0,32), cervical (3,88±0,32) e na coluna torácica (2,67±0,29). Foi observada uma prevalência elevada de dor musculoesquelética nos profissionais de supermercados, durante a pandemia da COVID-19. As regiões do corpo mais afetadas pela dor foram a coluna lombar, coluna torácica e coluna cervical. Em relação a intensidade das dores, a coluna lombar apresentou-se com maior intensidade, seguida da coluna torácica e da cervical.