MAL EPILÉPTICO REFRATÁRIO E A EMERGÊNCIA DE NOVAS ESTRATÉGIAS TERAPÊUTICAS: UMA REVISÃO DA LITERATURA
Resumo
A epilepsia sendo uma doença neurológica que acomete pessoas de todas as idades, raças, classes sociais e localizações geográficas, tem por características as crises convulsivas que podem ser desencadeadas por vários mecanismos, no entanto a ideia principal é de que a epilepsia é causada por um desequilíbrio entre os mecanismos de excitação e inibição neuronal, o tratamento é feito por meio de medicamentos antiepilépticos. Nos últimos anos, houve um aumento na aprovação de substâncias capazes reduzir as crises convulsivas, porém apesar da aprovação dessas novas drogas antiepilépticas, um terço dos pacientes permanecem com a doença não controlada, esses pacientes tem maiores riscos de morte prematura e de desenvolverem comorbidades. Apresentar as estratégias terapêuticas que estão em desenvolvimento capazes de reduzir as crises convulsivas e, com isso, trazer uma melhoria da qualidade de vida para o paciente epiléptico. Revisão da literatura (2016 a 2021), realizada nas bases de dados do Google acadêmico e PubMed, utilizando os seguintes descritores: Epilepsia; Tratamento Farmacológico; Droga em Investigação. Eslicarbazepina, Perampanel, Rufinamida, Lacosamida, Brivaracetam e o Canabidiol apresentaram taxas de respostas significativas para o tratamento da epilepsia refratária, outras drogas estão sob investigação, como Ganaxolone, Alopregnanolona, Selurampanel, Cenobamato, ICA-105665, Beprodone, Huperzine-A, Everolimus, Fenfluramina, Nalutozan, Pitolisant, Quinidina, Valnoctamida, Verapamil e JNJ-26489112. A descoberta de novos fármacos que apresentem novos mecanismos de ação se faz necessário para que se possa chegar ao tratamento adequado que traga resultados positivos e assim ocasionar uma melhor qualidade de vida para as pessoas acometidas pela doença.